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 Condição inflamatória e degenerativa do Encéfalo e Medula Espinhal (Sistema Nervoso Central), podendo afetar quaisquer funções do organismo, voluntárias e involuntárias.


# Prevalente em adultos jovens - 20 a 40 anos - mesmo que excepcionalmente se manifeste em crianças e pessoas maduras.  DesmielinizanteInflamatória, DegenerativaCrônica e ainda sem cura conhecida.


Mais informações técnicas em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Esclerose_m%C3%BAltipla

Esclerose = Endurecimento patológico de um órgão ou de um tecido devido ao aumento do tecido conjuntivo que ele contém. No sentido etimológico vem do grego com skleros = duro.

Na Esclerose Múltipla, por causa das desmielinizações inflamatórias, ocorre um endurecimento (esclerosamento) de locais onde a “Bainha de Mielina” foi lesada e se regenerou, são as zonas de desmielinização e remielinização. As regiões desmielinizadas são localizadas e assumem o aspecto de placas, que mais tarde esclerosam (endurecem). Denomina-se Múltipla, porque várias áreas dispersas de Encéfalo e Medula Espinhal (Sistema Nervoso Central) são afetadas. Posteriormente, ocorrem cicatrizes variadas, ou seja, escleroses múltiplas em toda essa região!
Ainda, pode ocorrer somatória num complexo de incapacitação com o tempo, perda de células cerebrais (neurodegeneração), degeneração de axônios, oligodentrócitos...

O fenômeno é auto-imune, pois surge devido a ataques do sistema imunológico do próprio portador a lesar as bainhas de mielina de suas células nervosas, gerando inflamações. Estes acontecimentos prejudicam o fluxo de funcionamento neurológico e são a causa dos sintomas que potencialmente afetam todas as funções do organismo, voluntárias e involuntárias. 

Principais formas:
  • Progressiva (primária ou secundária): ocorrem pioras contínuas e ininterruptas.
  • Recidivo-remissiva: Há períodos de melhora(total ou parcial) intercalados com períodos de exacerbação(surtos). Pode tornar-se 'Secundariamente Progressiva'!

Principais sinais e sintomas:
  • Síndrome de Fadiga Crônica: cansaço intenso e contínuo. Sem motivo ou desproporcional à atividade realizada. Trata-se de um dos sintomas mais recorrentes e incapacitantes na E.M. (Não se trata de preguiça, indisposição emocional ou falta de vontade!!!!!!!). 
  • Nistagmo: paralisia no movimento dos olhos. 
  • Diplopia: visão dupla. 
  • Neurite Óptica: inflamação do nervo óptico, resultando em perdas e desordens visuais. 
  • Disfunções visuais aleatórias: Visão Embaçada no Calor; Escotomas,  distúrbios no movimento ocular, Déficits na musculatura ocular, etc.
  • Disfunções Sensoriais Variadas:  Audição. Olfato. Paladar. Tato...
  • Paralisia/enrijecimento na face, olhos, no maxilar, músculos e articulações. 
  • Sinal de Lhermitte: sensação de “choque elétrico“ que desce pela coluna em resposta a movimentos da cabeça e do pescoço. 
  • Distúrbios no sono (Ver tb 'Narcolepsia') 
  • DORES moderadas e/ou intensas, agudas e/ou crônicas. Também um dos sintomas com maior potencial para incapacitação da/o portadora/or. (Dor Neuropática, Nevralgias, Neurites, Espasmos, desordens ortopédicas decorrentes da degeneração, etc). 
  • Espasmos (espasticidade)/Distonia: Um espasmo é uma contração involuntária de um músculo, grupo de músculos ou órgão; é tipicamente acompanhado de uma dor localizada. Na E.M. a espasticidade também possui grande potencial incapacitante, podendo gerar comprometimentos funcionais variados.
  • Hiperreflexia: reflexos responsivos em excesso. 
  • Ataxia: falta equilíbrio, marcha irregular.
  • Incoordenação Motora/Tremores .
  • Disfagia: Dificuldades na deglutição, engasgos frequentes, ou seja, no processo que conduz alimentos, saliva e líquidos, da boca ao estômago, passando pela faringe e pelo esôfago. 
  • Fraqueza/ Hipossuficiência muscular geral e ou localizada 
  • Paresia/Disestesia: interrupção ou disfunção no movimento de um ou mais membros.  
  • Parestesias: Perturbação na sensibilidade tátil de alguma parte do corpo: Formigamentos, cãimbras, dormências, coceira, ardência, queimação, pontadas, agulhadas, choques, etc. 
  • Vertigens/ Tonturas/ Pressão na Cabeça/ Náuseas. 
  • Disartria: dificuldades na fala. 
  • Disfunções Esfincterianas: Esfíncter é uma estrutura, geralmente um músculo de fibras circulares concêntricas dispostas em forma de anel, que controla o grau de amplitude de um determinado orifício. Existem pelo menos 42 esfíncteres no corpo humano, alguns dos quais em tamanho microscópico. Na E.M., essa disfunção, entre outras debilidades possíveis, geralmente gera constipação ou incontinência urinária e/ou fecal, outro grave comprometimento no cotidiano d@s portador@s.
  • Impotência ou desordens sexuais.
  • Depressão/ Ansiedade/ Instabilidade de Humor. 
  • Arritmia Cardíaca  
  • Dispneia: "falta de ar”, dificuldades respiratórias. 
  • Entre sintomas indescritíveis e outros que variam de acordo com a área afetada, a forma de apresentação e a singularidade de cada pessoa.

Os sintomas variam de pessoa para pessoa, podem ser leves ou severos e aparecem e desaparecem, total ou parcialmente, de maneira imprevisível, sendo que muitos podem tornar-se permanentes!!!! 

Enfermidades decorrentes também podem surgir, tais como : Narcolepsia, Nevralgias e Neurites, infecções por mal-funcionamento de mecanismos fisiológicos, desordens Ortopédicas, etc (sobre isso, olhar a página 'Notícias' desse blog, é também interessante olhar a página sobre os procedimentos de primeiros socorros!)

Na presença do “Sinal de Uhthoff” (bloqueio da condução nervosa paralelo ao aumento de temperatura), o calor intensifica os sintomas decorrentes das inflamações, podendo gerar um quadro de mal-estar generalizado e instabilidade do quadro.


. Há algumas formas raras fatais, mas, em geral, a E.M. - mesmo sem cura conhecida - pode ser relativamente controlada e não leva à morte no curto prazo. Riscos de fatalidade, quando ocorrem, provêm de afecções coadjuvantes e complicações circunstanciais. Raramente, a Esclerose Múltipla é fatal per se,  o que os médicos observam é que quando ocorrem óbitos, isso se dá por complicações transversais (como infecção urinária ou respiratória grave, adversidades da imunosupressão, etc).



Não se sabe ao certo a origem da EM. Há especulações em torno de uma pré-disposição genética somada a fatores ambientais que gerariam, por exemplo, a carência de substâncias importantes para o equilíbrio do sistema imunológico. Infecções virais também são apontadas como possíveis desencadeadoras.

Como dito, a EM ainda não tem cura conhecida. A terapêutica, infelizmente de eficácia relativa, se concentra nas ações que atrasam a progressão da doença e melhoram a qualidade de vida da/o paciente pela promoção de um pouco de alívio dos sintomas. É notório também que cada organismo tem sua forma singular de reagir!!!

O tratamento convencional é ainda incipiente, de eficácia relativa e questionável.  
Usa-se:

  •  Imunomoduladores (medicamentos de uso contínuo que atuam de forma a regular a atividade imunológica); 
  • Imunossupressores/ Corticosteroides/ Imunoglobulina/ Plasmaferese (para diminuir a inflamação no período de surtos e buscar atenuar acometimentos, reduzir a atividade inflamatória, reduzir possibilidade de sequelas);
  • Medicação específica para os sintomas (analgésicos potentes, anti-inflamatórios, anticonvulsivantes, antivirais,  antidepressivos, antiespasmódicos, etc...); 
  • Quimioterápicos.
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Além disso, é vital, importantíssima e central a atenção por tratamento multidisciplinar em Psicoterapia/ Fonoaudiologia/ Terapia Ocupacional/ Nutrição/ Fisioterapia/ Clínica Geral/ etc. 
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Medicina Alternativa também é fortíssima aliada na qualidade de vida! 
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Tratamentos como Transplantes Medulares e de Células Tronco, Cirurgias Vasculares, etc, são muito arriscados e só usados em casos extremamente excepcionais, ainda assim de forma experimental e quando nenhuma das alternativas terapêuticas ofereceu resultados e a piora é fulminante. 
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Apesar de ser rejeitado e rechaçado pela maioria da comunidade médica nacional, o maior sucesso em controle da progressão contemporaneamente observado é nos pacientes sob a terapia através da administração contínua de altas doses do pró-hormônio Colecalciferol ('Vitamina D') + reposição controlada de minerais e vitaminas várias + encaminhamento nutricional específico + atenção para estabilização mental-emocional. 
Esse protocolo desenvolvido e aplicado pelo neurologista e neurocientista Drº Cícero Galli Coimbra e outros médicos que seguem sua diretriz, é um fenômeno único de eficácia e não-agressividade em tratamento efetivo para Esclerose Múltipla para quase todas as pessoas assistidas; observando-se, é claro, as especificidades de cada caso e as adaptações necessárias, é um tratamento delicado e precisa de amplo monitoramento. 
Aspectos bastante positivos são mostrados no documentário "Vitamina D: por uma outra terapia!" através de depoimentos vários das(os) próprias(os) pessoas beneficiadas(os).
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# Situações de stress, sobrecarga psíquica e/ou emocional, esforço físico demasiado, altas temperaturas e exposição a doenças, podem ser fatores que desencadeiam surtos e mal-estares, devendo ser assim evitadas o máximo possível.
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Evitar situações que favorecem surtos, bem como realizar uma dieta saudável, somada a uma vida dinâmica através de atividades físicas adequadas a cada caso, e a realização singular das demais práticas cotidianas, são roteiros simples e de alto impacto positivo. Tranquilidade, vontade, apoio irrestrito, amor e esclarecimento, são ótimas atitudes para portador@s de E.M. e as pessoas que @s cercam!!!!

;)

- Fisiologia neurológica by Pink e Cérebro! hahahaha :P

- Vídeo explicativo sobre Esclerose Múltipla